Review Metroid

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Publicado em: 20 de fevereiro de 2024

Com muito susto, correria e ansiedade, Metroid Dread acerta em cheio na nostalgia dos fãs de Metroidvania.

Pra muitos jogadores, Metroid foi um dos primeiros contatos com o universo de jogos sci-fi e criou uma legião gigantesca de fãs que impera até hoje. Então imagina como deve ser receber uma sequência DEZENOVE ANOS após o último jogo da franquia.

Em 2021, fomos agraciados com Metroid Dread, que traz de volta nossa protagonista Samus Aran atrás dos parasitas conhecidos como X. Após ser convocada para investigar um planeta distante, Samus se depara com uma criatura misteriosa e é derrotada, perdendo TODAS as melhorias de seu traje no processo.

Ela precisa então ao mesmo tempo: recuperar suas gears, eliminar os monstros, achar o parasita X, explorar o mapa e SAIR DE LÁ VIVA.

Eita como sofre, essa Samus.

A gameplay é bem fluída, com controles fáceis de aprender e mecânicas atualizadas pros saudosistas que jogaram as versões anteriores. De início ela possui seus canhões, contra-ataque, esquivas, e conforme o jogo avança, você libera mais e mais melhorias para conseguir voltar ao ponto em que chegou no planeta.

 

 

Além dos monstros básicos pelo mapa, existem uns em específico que vão te dar muito trabalho e muita dor de cabeça, os E.M.M.I (Extraplanetary Multiform Mobile Identifier) que são robozinhos malditos que te perseguem e te matam com um tapa só, que divertido né? Você até consegue desviar com o contra-ataque, mas precisa acertar o momento certo ou então já era.

Com o tempo o jogo te disponibiliza meios de derrotar esses monstros, mas até conseguir, você já vai ter corrido de vários, pode ter certeza.

 

 

As batalhas com os chefões são diferentes e requerem muita cabeça e dedo no gatilho, com timing certo, desviar de ataques em área, tudo que gostamos em jogos estilo Metroidvania.

Metroid Dread é aquele tipo de jogo que você pode correr pelo mapa se esquivando de tudo e apenas tentar cumprir os objetivos principais pra acabar o mais rápido possível (fiquei sabendo de jogadores que zeraram o game com 1h30 de tempo total), ou pode parar e procurar pelo mapa, explorar o máximo de dungeons possíveis e tentar derrotar todos os mobs importantes.

O jogo conta com 9 áreas distintas, cada uma com suas peculiaridades. Com monstros e objetivos diferentes. Você não precisa necessariamente zerar todos os mapas pra finalizar o jogo, o principal objetivo é recuperar as melhorias que te fazem avançar na história para poder completar sua missão.

 

 

Eu normalmente sou o tipo de player que fico perdido até entender onde realmente preciso ir, já que tem muita passagem secreta e portas que só abrem quando você consegue alguma habilidade específica, forçando você a voltar pra áreas passadas do mapa pra ver o que realmente tem por lá. Já perdi coisa de 1 hora no mesmo espacinho de mapa por não saber onde deveria atirar para liberar uma passagem secreta.

No geral, Metroid Dread consegue abraçar bem os jogadores antigos da franquia, mas também consegue apresentar o universo para os novos jogadores que estão conhecendo agora. Sinto que talvez falte uma explicação melhor do conceito do universo, já que a cutscene inicial deixa em aberto muitos pontos do passado da história, mas nada que afete a gameplay. Como hoje em dia já temos o remake remasterizado de Metroid Prime, há essa possibilidade de continuar a aprender mais sobre o universo, mas no fim do dia nada se compara a um bom jogo em plataforma.

Mas e você, é do tipo que tenta fazer o rush do game o mais rápido possível, ou gosta de explorar todas as possiblidades de dungeon que o mapa extenso oferece?

 

 

Matheus Vieira (ou @sweetheus pros íntimos) é um designer e ilustrador gay e paulistano de 23 anos e viciado em jogos desde que se entende por gente. Fã de carteirinha de jogo de fadinha, sendo Grand Chase a maior perdição deles. Nunca na sua vida você o verá jogando jogo de terror sozinho, já que com o mais mísero susto ele é capaz de gritar e acordar a vizinhança inteira.