REVIEW SHAZAM

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Publicado em: 20 de março de 2023

Um menino recebe de um antigo Mago poderes extraordinários para se tornar seu campeão, a sabedoria de Salomão, a força de Hércules, o vigor de Atlas, o poder de Zeus (você verá muita eletricidade e raios por isso), a coragem de Aquiles e a velocidade de Mercúrio lhe são concedidos toda vez que ele profere a palavra “SHAZAM”.

 

No primeiro filme o grande tema era família, com Billy entendendo e ressignificando seu passado, aprendendo a conviver e estar na nova família e a no final constituir a família Shazam.

Agora em sua segunda aventura, com o protagonista estando próximo dos 18 anos muda-se um pouco os conflitos, e o que temos aqui é ele buscando o seu novo papel na família ao adentrar na vida adulta. Então Billy vai querer ficar ainda mais próximo de membro da família com medo de perdê-los como já aconteceu tantas vezes na sua vida. Vai querer prender-se ao status quo atual sem transitar em definitivo para a vida adulta, conflitos muito comuns aos jovens.

Além disso, o filme vai tocar na síndrome de impostor que o protagonista sofre, afinal ele tem poderes extraordinários, lidere a família nas aventuras, mas ele não passa de um jovem adulto. E é um dos momentos bem legais do filme que ele vai buscar fazer terapia com o pediatra do Billy.

O Filme mantém muito da leveza do primeiro longa, sendo muito mais uma aventura do que um grande épico, com alguns momentos de piadinhas, mas sem que essas tenham que estar presentes a cada 10min de filme. Em boa parte, lembra-me muito da vibe dos dois primeiros homem-aranha do Sam Raimi, mas sem ser formuláico, o que é um respiro ótimo.

Zachary Levi se mostra extremamente feliz no traje do herói, e não apenas isso mas se divertindo e se encantando com o momento o que é ótimo e fornece a essência que o Shazam exigiria em tela, mas além disso o diretor David F. Dandberg consegue desenvolver muito bem cada membro da família Shazam construindo um bom filme de grupo. Dada sua experiência anterior no cine de terror, o diretor também consegue trazer um bom ato inicial com muito desses aspectos

Shazam está longe de ser um filme brilhante ou revolucionário, mas executa muito bem aquilo que se propõe a ser, uma aventura para jovens em um universo mágico e que vai levá-los a pensar e ver em tela alguns de seus conflitos de vida. Se você gosta das primeiras fases do MCU ou dos filmes do Homem-Aranha dos anos 2000 certamente vai se entreter com o antigo Capitão Marvel e terá bons momentos no cinema.
NOTA 3,5 5

 

PS Além de uma participação especial que quando entra em cena e tem seu tema executado me causa o mesmo arrepio da primeira vez que vi em tela e por sí so já valeu meu ingresso, temos também duas cenas pós créditos, então curta a trilha sonora e fique até o final da sessão.

 

 

El é administrador, já publicou um ebook, mas gosta mesmo é de HQ, cultura pop e filosofar sobre o que vê, lê e joga.