Review The Legend of Zelda: Breath of the Wild

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Publicado em: 27 de março de 2024

REVIEW ZELDA BREATH OF THE WILD

Premiado no The Game Awards de 2017 nas categorias de jogo do ano, melhor direção e
melhor jogo de ação/aventura, The Legend of Zelda: Breath of the Wild foi lançado em 2017
para Nintendo Wii U e Nintendo Switch.

Nos primeiros minutos do game as animações encantam o jogador, apresentando
similaridades com os traços icônicos dos filmes do Studio Ghibli, outro fator que mais
surpreende é logo no início perceber que há um mundo aberto inteiro para explorar,
diferente dos jogos antecedentes em que as aventuras de Link eram mais lineares.

A história do jogo inicia com Link acordando (não há novidades até então), contudo Link
adormeceu por um longo tempo, após ter sido derrotado na batalha contra a Calamidade
Ganon. O protagonista inicia sua aventura no devastado reino de Hyrule, em busca de
resgatar a princesa Zelda e salvar o reino de Hyrule (sim, mais uma vez iremos fazer essa
tarefa), contudo o herói perdeu suas memórias e enquanto prossegue sua jornada, retoma
suas memórias relembrando de seus aliados e dos fatos ocorridos até a última batalha
contra a Ganon.

Tendo parte da sua introdução e tutorial de forma natural com apoio do King Rhaom.

 

JOGABILIDADE

Breath of the Wild incluiu novas funcionalidades que reformulam consideravelmente o estilo
do jogo, trazendo uma nova roupagem e estilo de jogo não vista antes na franquia Zelda,
tudo cooperando com os elementos de mundo aberto inseridos nesse jogo. A Nintendo
desenvolveu o game com inúmeros elementos de jogos de RPG, variedades de armas, em
que é possível utilizar lanças, machados grandes, espadas de uma ou duas mãos e até
varinhas mágicas, diferenciando o estilo de batalha de acordo com o tipo da arma; além de
que cada uma possui durabilidade e é nessa parte que você passa pela decepção de
perdê-la e pela ânsia de pegar outra.

No Zelda BotW, é possível equipar a armadura usada por Link para aumentar a defesa do
personagem, algumas dessas possuem bônus exclusivos sendo necessárias para explorar
regiões específicas, como um deserto muito quente, montanhas bem frias ou entrar em um
vilarejo que apenas mulheres podem entrar. Outra funcionalidade importante, é a compra e
venda de itens, ajudando Link a obter mais rúpias ou obter itens essenciais para sua
sobrevivência. Além disso, Link tem uma nova função que é ser um Master Chef, que
seguindo receitas, é possível criar comidas suculentas ou elixires que aumentam a vida, a
stamina ou os status do personagem.

 

A história não é totalmente profunda como vemos em outros jogos de mundo aberto, como
The Witcher 3 ou Red Dead Redemption e uma curiosidade é que o Link não tem falas e
sim apenas expressões faciais, na qual apenas seus aliados possuem diálogos. Entretanto,
a história não diminui o entretenimento que o jogo entrega, ainda mais que é interessante
como o jogo aborda Link recordando suas memórias, assim explorando mais a interação
com personagens importantes do jogo. Porém, é na jogabilidade e na interação com o mapa
que a Nintendo acertou extremamente em cheio. O mundo de Hyrule em Breath of the Wild
é extremamente rico e dinâmico, desde as interações no próprio mapa, como um raio
podendo te acertar enquanto carrega itens de metal, até as ações entre os próprios
inimigos, em que podemos encontrar eles dançando, tirando uma soneca ou durante a
batalha, um inimigo usando o outro como arma.

 

A exploração é um ponto importante desse jogo, mas o que define esse Zelda é a liberdade
que encontramos nele, seja a forma de explorar o mundo, a forma de batalhar com os
inimigos e até a forma de resolver desafios das dungeons presentes. Pois nesse jogo,
percebemos que não há uma única forma de resolver um problema, por exemplo há a
possibilidade de enfrentar o chefe final no início do jogo, sem passar pelas dungeons
principais e ficar mais forte (mas vá por mim, isso é uma ideia no mínimo desastrosa). Outro
ponto importante da liberdade desse game, é que tudo pode ser útil, algo que não é
apresentado diretamente mas é essencial para sua jogatina, teste tudo que vem em mente,
seja combinações de itens, ou a interações entre eles, sua ideia pode ter um resultado
positivo.

Como um jogo de mundo aberto, é necessário que existam coisas a se fazer que satisfaçam
o jogador além da história principal, nesse Zelda encontramos missões secundárias que
recompensam o jogador e um dos elementos principais são as Shrines. Link pode explorar
esses templos logo no início do jogo, para obter alguns poderes, mas ao decorrer do jogo
outras poderão ser completadas, recebendo orbs que podem ser usados para aumentar a
vida ou a stamina de Link, além de tesouros encontrados em baús. As Shrines são templos
que contém diversos desafios, alguns simples e outros mais complexos e algumas devem
ser resolvidas utilizando os controles de movimento do Nintendo Wii U ou do Nintendo
Switch. A exploração também é satisfatória para o jogador, trazendo recompensas como
itens e as sementes Korok (itens utilizados para expandir seu inventário, e sim, você vai
desejar muito isso), mas mais uma vez, a exploração é satisfatória principalmente pela
liberdade que o jogo entrega, podendo explorar de diversos modos e o mais prazeroso é
com o paraglider, um tipo de uma asa delta obtido no final do tutorial do jogo.

 

Mesmo que seja uma nova fórmula para a franquia, o jogo não deixa de agradar os fãs mais
antigos, trazendo inúmeras referências ou partes da história dos jogos antecessores,
contudo, alguns jogadores de primeira viagem podem não entender com todos os detalhes
o que ocorreu na história do jogo. Mas se há poucas limitações e problemas na
jogabilidade, história e o mundo de Breath of the Wild, encontramos alguns problemas na
performance do jogo, tanto no Switch quanto no Wii U, em que não é alcançado a resolução
em 1080p, então é perceptível serrilhados e borrões nas imagens; outro fator é o frame rate,
em que em algumas situações e áreas do jogo, percebemos os consoles engasgando para
entregar o jogo com total fluidez.

 

VALE A PENA JOGAR?

É um ótimo jogo da franquia Zelda que foi novidade na franquia por ser em mundo aberto.
Válido para quem curte jogos de exploração e nisso o game acerta em cheio, mesmo
apresentando alguns pontos fracos como a performance e narrativa, que acaba sendo o
único ponto fraco do jogo. Contudo, para quem já jogou os Zeldas anteriores, sentem a
possibilidade e o poder de jogar sem ser linear, e sim da conduta do jogador em como ele
vai querer seguir para completar as tasks.

 

 

Yumi é streamer, formada em animação. Tem na lista de seus jogos favoritos desde a infância o Super Mario World e tem um carinho especial pela big N. Conheça os canais da Harzmayumi: Instagram e acompanhe as lives na Twitch